Sem patrocínio, Barueri deve desistir do basquete

Os resultados do Grêmio Barueri no basquete profissional em 2010 não foram suficientes para assegurar a continuidade do projeto na cidade. Mesmo com a classificação para o Campeonato Paulista masculino da Série A-1, a medalha de ouro nos Jogos Regionais e a de prata nos Jogos Abertos do Interior, a prefeitura diz que, sem um patrocinador, o time acabará, permanecendo na cidade apenas as categorias de base.

De acordo com o secretário de Esportes, Carlos Zicardi, a suspensão dos investimentos ocorreu para evitar problemas com o Ministério Público, que já enquadrou a Prefeitura da Cidade Barueri pelo repasse de dinheiro ao time de futebol profissional que o Grêmio mantinha. “A legislação não nos permite bancar time profissional. Somos gratos ao trabalho do Marcel [técnico], mas precisamos de ajuda da iniciativa privada para dar continuidade a esse projeto”.

Zicardi garantiu que a estrutura de Barueri continua à disposição para continuar abrigando o time, desde que haja um parceiro para arcar com os salários dos atletas. “O município tem todo interesse em manter não só o basquete, mas outras categorias, como o vôlei, o futsal e o judô”, declarou.
As categorias de base (infantil, juvenil etc), segundo o secretário, não serão extintas.





Surpreso
Por meio de sua assessoria de imprensa, o técnico Marcel lamentou a decisão do secretário, e se disse surpreso com a notícia. “Foi uma surpresa saber que o atual secretário não tem a intenção de seguir com a equipe adulta de basquete em Barueri, mesmo com os objetivos que haviam sido propostos sendo alcançados. Através do trabalho executado com este time, o nome da cidade ressurgiu no cenário esportivo de uma forma positiva, o número de praticantes nas categorias de formação cresceu e o time juvenil pode conquistar o inédito título estadual, pois vai disputar a decisão do campeonato nos próximos dias”, declarou.

Ironicamente, em abril, o técnico já mostrava alguma preocupação com o tema. “Queremos uma equipe para perdurar no basquete brasileiro, e não um time com prazo de validade de um ano”.

Fonte: Folha de Alphaville





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