56% do ICMS de Barueri e Parnaíba sai de Alphaville

O ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) funciona como um termômetro da economia. Podemos dizer que, quando está em alta, a economia local está em franco crescimento. É justamente isso que registramos em guia de Barueri e em cidade Santana de Parnaíba. De janeiro a agosto desde ano, as duas cidades, juntas, receberam de repasse do tributo do governo do estado, mais de R$ 376 milhões. A maior parcela ficou com Barueri.

Os números mostram que as cidades têm uma economia forte, em ascensão, muitas vezes superior a arrecadação de pequenos municípios. E essa arrecadação se deve, em boa parte, ao bairro de Alphaville. Em Barueri, as empresas sediadas no bairro são responsáveis por 46% de todo o ICMS. Em Parnaíba, embora não haja exatidão, a prefeitura garante que o bairro corresponde a quase 10% do tributo.

Para fazer um cálculo, a Folha de Alphaville considerou 46% em Barueri e 10% em Parnaíba. Os índices mostram que o bairro foi responsável por R$ 149,7 milhões que entraram nos cofres públicos de Barueri, e R$ 5,1 milhões de Parnaíba.

Isso de dá porque em ambas as cidades há uma concentração de empresas. Na parte de Barueri são mais de 1,2 mil empresas, entre escritórios, assessorias, consultoria, construção civil, representação, entre outros. Na área pertencente a Parnaíba deve-se considerar apenas as empresas de prestação de serviços instaladas nos Centros de Apoio I e II. No município, administrado por Silvinho Peccioli, a maioria das empresas – 260 – ficam no Polo Empresarial Tamboré.

É lógico que as duas cidades não deram simplesmente sorte em conseguir uma arrecadação de fazer inveja. Os números são resultado da política de baixa tributação, adotada primeiro por Barueri e depois por Parnaíba. A política de incentivo trouxe inúmeras empresas. Muitas ficaram e até cresceram.

Como exemplo há a MPD, cuja história praticamente se confunde com a de Alphaville. De acordo com Mauro Santi, diretor de Incorporações, grande parte do crescimento da MPD se deu na região. “No próximo ano, a MPD faz 30 anos de atividades na construção civil e boa parte no processo de urbanização de Alphaville e Tamboré”, diz ele. Santi ainda ressalta que o “aprimoramento na qualidade dos serviços foi fundamental em um cenário competitivo”.





Para se ter uma ideia, em outubro a MPD completa mais de 1,7 mil apartamentos e 280 salas comerciais entregues na região. Para Santi, a região recebe investimentos de pessoas e empresas que apostam no desenvolvimento imobiliário. “Temos dois lados a serem avaliados, pois se é bom para o recebimento de novos moradores, empresas e negócios, pode ser prejudicial para a manutenção da qualidade de vida, tão propagada. O tema crucial, para esta nova fase, é como será tratado o aspecto relacionado com a responsabilidade ambiental, que leva em conta a saúde e segurança, além da proteção ao meio ambiente, visando evitar desvios como observados em outras regiões da metrópole.”

Mesmo assim, Santi vê o bairro como grande atrativo. “Alphaville e Tamboré representam uma ótima oportunidade, semelhante ao que existia em São Paulo, por um preço mais atrativo. Ou seja, a atração de investimentos é inevitável e num futuro próximo, a valorização dos preços dos imóveis se torna inquestionável.”

A Odebrecht Realizações Imobiliárias (OR) é outra a apostar no bairro. “Alphaville foi idealizado, na década de 1970, como modelo de loteamento voltado para indústrias não-poluentes. A ideia era criar um bairro planejado que privilegiasse o bem estar das pessoas. O iTower é uma continuação deste propósito, estendido agora para o segmento corporativo”, afirma Claudio Dall’Acqua Jr, diretor de Incorporação.

Ele refere-se ao edifício iTower, primeiro empreendimento sustentável “Triple A”, eleito pelo  Prêmio Master Imobiliário 2011 o melhor na categoria Empreendimento Comercial/Mixed Use. Com Valor Geral de Vendas (VGV) de aproximadamente R$ 300 milhões, o iTower está integrado ao Shopping Iguatemi Alphaville.

Dall’Acqua Jr lembra que Al­phaville se consolidou também como um dos polos empresariais mais pujantes do estado. É por isso que a Odebrechet, depois do iTower, lançou o complexo multiuso que congrega edifícios residenciais, comerciais e um mall – o Alpha Square.

Essas empresas não são as únicas. Há aquelas que chegaram praticamente com o nascimento do bairro, como a Padaria La Ville, a escola Fernão Gaivota, entre outras. E, há aquelas que apostaram no sucesso do bairro, como os shoppings. Atualmente, o bairro tem o Tamboré, o Flamingo, o Alphashopping, o Iguatemi e o mall do empreendimento Alpha Square. Todos devem estar se perguntando se ainda há espaço para crescimento. A resposta da maioria: sim, porque não dá para brecar o progresso. Mas é possível organizá-lo.

Fonte: Folha de Alphaville





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